ONGs ganham rede social dedicada a elas

Plataforma visa reunir entidades sem fins lucrativos de todo o mundo e ajudá-las a crescer

redes sociais
Existem no mundo cerca de 10 milhões de organizações não governamentais (ONGs), de acordo com um levantamento da Public Interest Registry (PIR), uma entidade norte-americana sem fins lucrativos. Muitas delas não têm sequer um site ou perfis nas redes sociais e outras tantas até têm algum espaço online, mas ficam perdidas no mar de informações que é a internet e, por não serem conhecidas, têm dificuldade para angariar fundos e voluntários para suas causas. Para ajudar as ONGs a usarem o ambiente digital a seu favor, a PIR criou uma plataforma chamada OnGood.

Ao se filiar, a instituição adquire um pacote com os domínios ‘.ong’ (usado normalmente nos países de língua latina) e ‘.ngo’ (usado nos demais países); um perfil online no site da comunidade OnGood, para divulgar campanhas, compartilhar atividades, informações e links para seu site, conectar-se a canais de mídias sociais e recolher doações; e o direito de vincular seu perfil ao diretório pesquisável de ONGs, tornando mais fácil encontrá-la online.

Uma das promessas da plataforma é ajudar as instituições sérias a mostrarem o quanto são sérias. Isso porque, para se filiarem, elas precisam atender uma série de requisitos, como ter uma administração independente, sem controle direto governamental ou político, e comprovar que são voltadas a atividades de interesse público. Assim, pelo menos em tese, somente boas instituições poderão ter um site com domínio ‘.ong’ ou ‘.ngo’ e participar da comunidade.

ongood_demoOutra promessa do pacote de serviços é tornar mais fácil e seguro o envio de doações. Através da rede social, pessoas físicas e empresas poderão doar dinheiro diretamente para qualquer entidade cadastrada, em qualquer parte do mundo, em um sistema semelhante ao usado por sites de compras.

“A PIR fez pesquisas mundo afora e levantou quatro pontos fundamentais apontados pelas ONGs como necessidades. Um deles era ter um jeito seguro de receber doações, algo como um PayPal”, explica Vanda Scartezini, adviser da PIR na América Latina e no Caribe.

Os outros três pontos citados pelas instituições sem fins lucrativos foram: ter credibilidade, visibilidade e um jeito de se comunicarem com outras ONGs com trabalhos parecidos, para realizarem parcerias.

“Após conversarmos com as ONGs, fomos atrás dos doadores e eles queriam basicamente as mesmas coisas: saber se as ONGs eram genuínas, encontrá-las e doar dinheiro em um ambiente seguro”, destaca Vanda.

A partir dessas demandas, foi criada a comunidade, lançada em maio deste ano e já está disponível em vários países, inclusive no Brasil. As páginas voltadas para os brasileiros, no entanto, ainda não foram totalmente traduzidas, então parte da navegação tem que ser feita em inglês.

Outro ponto que vale ressaltar é que é preciso comprar o domínio ‘.ong’ ou ‘.ngo’, que deve ser pago anualmente. Para mais informações, acesse o site https://www.ongood.ngo/portal/pt.

Fonte da Informação: Site Observatório do Terceiro Setor (http://observatorio3setor.com.br/)

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